As poesias meio que sumiram ultimamente...
Enquanto isso escrevo. Vomito as palavras em silêncio, numa consciência plena de que sou capaz de qualquer coisa... sem filtro...
Escrevo para ver as dores passarem e irem, diante dos meus olhos crédulos, lúcidos. Rabisco o papel não para formar sentido ou falar a alguém, mas para dizer a mim mesma sobre a vida que sou e de todas as partículas que me formam consciente, ainda que no escuro...
Nos dias em que não conseguimos ver beleza, ainda há beleza na nossa ausência de ser...
Quando não há luz suficiente para esclarecer, deixo que o escuro fale, deixo a sensação oca dizer, mesmo com a chama fraca, na penumbra...
Daí o abraço que se vai, o som das respostas mecânicas impressas na memória, o desconforto das sensações invadidas e remexidas se tornam mais um enfeite da alma, que precisa ser esquecido, deixado no canto, guardado...
Daqui a pouco sol entra...
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